A vida impossível | Resenha ☆☆☆
- Mih Moraes

- 16 de abr.
- 2 min de leitura
Esse foi um daqueles livros que me abraçou com a proposta, mas não me segurou com tanta força durante o caminho. Matt Haig escreve com uma sensibilidade que me encanta — já tinha sentido isso em outros livros dele — e mais uma vez ele toca em temas delicados como saúde mental, tempo, escolhas e a nossa busca desesperada por sentido.⠀

"A vida impossível" é, sim, uma reflexão bonita sobre as diferentes vidas que poderíamos viver... mas, pra mim, ficou com um pezinho no raso. Eu queria mergulhar mais fundo nos personagens, me perder nas camadas, me emocionar como esperava — mas em alguns momentos a narrativa parecia mais preocupada em passar uma mensagem do que em me contar uma história.⠀
Ainda assim, teve trechos que me fizeram parar e respirar fundo. Daqueles que a gente sublinha e volta depois. Haig tem esse dom: mesmo quando a trama não me prende totalmente, ele me alcança em frases soltas, em imagens poéticas, em verdades sutis.⠀Foi uma leitura que não me arrebatou, mas que também não me deixou indiferente.
Valeu a pena por me lembrar que todas as nossas vidas possíveis — com suas dores, alegrias e bifurcações — fazem parte de quem somos aqui e agora.
Já leu? Me conta se te tocou mais do que me tocou. Quem sabe a gente troca impressões e eu até mudo de ideia... livros também se transformam quando a gente conversa sobre eles, né?
DICAS DA MIH
Deixo aqui outros livros com a mesma temática e que podem te encantar também :)
Se não leu ainda, precisa! É o primo mais famoso de A vida impossível. Nora Seed, a protagonista, vive numa biblioteca mágica onde pode explorar vidas que teria vivido se tivesse feito escolhas diferentes. É introspectivo, sensível e cheio de mensagens sobre aceitação e o valor da vida real que temos nas mãos.
Um romance com uma construção de tempo não linear, onde a personagem principal revisita momentos da sua vida e do seu relacionamento através dos beijos que viveu. É emocionante, bem escrito e tem aquele tom agridoce de que nem sempre dá pra consertar o passado, mas dá pra honrar a história.
Pra quem quer sair um pouco da ficção mas manter o tom transformador. Shonda conta, de forma leve e bem-humorada, como dizer "sim" durante um ano mudou sua vida. É sobre medo, escolhas, autoaceitação e, claro, sobre viver muitas vidas dentro de uma só — um paralelo bonito com o que Haig traz.
Em uma pequena cafeteria onde o tempo pode ser revisitado, descobrimos que, mesmo voltando ao passado, o que realmente importa é o que fazemos no presente — antes que o café esfrie









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