Divinos Rivais | Resenha ☆☆☆☆
- Mih Moraes
- 15 de abr.
- 3 min de leitura
Se eu tivesse que resumir essa experiência em poucas palavras, diria: é como ser puxada por uma corrente suave que vai ficando mais forte, mais intensa, até você perceber que está completamente submersa. E não quer sair. Porque o mundo que a Rebecca constrói em Divinos Rivais é de uma beleza melancólica, com uma guerra entre deuses no pano de fundo e um romance que nasce onde menos se espera: entre rivais.
A Iris Winnow me ganhou logo de cara — uma jovem jornalista tentando manter a cabeça erguida enquanto o mundo desmorona ao seu redor. Ela cuida da mãe, sente falta do irmão desaparecido na guerra, e ainda tenta provar seu valor num jornal onde precisa competir por uma vaga com ele: Roman Kitt. Arrogante, talentoso e... mais complexo do que parece. Ah, Roman. Quem lê, entende.
Mas o toque mágico (literalmente) está nas cartas. Sim, cartas. Um tipo de correspondência mágica entre eles, sem que saibam quem está do outro lado. Tem algo de antigo, de romântico, de nostálgico nisso tudo — como se a gente estivesse lendo um diário secreto, torcendo pra eles se encontrarem, se reconhecerem… e quando isso acontece? É de cortar a respiração.
O mais bonito é que, mesmo num cenário de guerra, o livro não se rende ao cinismo. Tem dor, sim. Tem perdas. Mas também tem esperança, poesia, e aquele tipo de amor que floresce no meio do caos. Rebecca escreve com uma delicadeza que não pesa a mão, mas também não alivia — ela mostra as feridas e depois sopra devagar, como quem diz: “vai doer, mas você vai aguentar.”
Se você curte uma fantasia histórica com drama, tensão romântica, personagens reais e falhos, e um toque mágico que não exagera, mas encanta — Divinos Rivais é aquele tipo de livro que vai morar no seu coração por um bom tempo. E o final? Bom… eu só digo isso: prepare-se emocionalmente. Vai doer, mas de um jeito bonito.
DICAS DA MIH
Deixo aqui outros livros com a mesma temática e que podem te encantar também :)
Se Divinos Rivais é sobre amor em tempos de guerra, esse aqui é sobre descobrir verdades sombrias escondidas em contos de fadas esquecidos. Tem uma atmosfera mística, escrita poética e personagens que se jogam no desconhecido com o coração aberto — perfeito pra quem curte fantasia com camadas emocionais profundas.
Um livro sobre duas almas perdidas que se conectam através de cartas deixadas em um cemitério. Poético, emocional e com personagens super reais. Se você curtiu o mistério e a troca de cartas entre Iris e Roman, esse aqui vai te pegar de jeito.
Aqui a guerra é de Troia, os deuses são gregos e o amor... ai, o amor. Se você chorou com Divinos Rivais, se prepara pra soluçar com esse. O romance entre Aquiles e Pátroclo é uma das histórias mais lindas (e trágicas) já contadas. A escrita da Madeline tem a mesma alma poética da Rebecca Ross.
Tem rivalidade, química explosiva e um mundo onde magia é proibida, mas irresistível. Louise e Reid têm uma dinâmica tensa, deliciosa e cheia de camadas — lembra muito a tensão romântica entre Iris e Roman. E o pano de fundo político/mágico também é afiadíssimo!
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