O coletivo de crochê de Copeton | Resenha ☆☆☆☆
- Mih Moraes
- 21 de fev.
- 2 min de leitura
O Coletivo de Crochê de Copeton é um daqueles livros que abraçam a alma e nos fazem acreditar no poder das conexões humanas. Com uma narrativa sensível e cheia de calor, Kate Solly nos transporta para a pequena cidade australiana de Copeton, onde um simples grupo de crochê se torna o fio condutor de uma história sobre amizade, aceitação e a importância de construir pontes entre culturas.
A protagonista, Sahar, é uma refugiada iraniana tentando encontrar seu lugar em uma comunidade que, muitas vezes, não sabe como recebê-la. Entre os desafios de se adaptar a uma nova vida e os olhares desconfiados de alguns moradores, ela acaba se unindo a um grupo de mulheres que se reúnem semanalmente para tricotar e crochetar. No início, Sahar não se sente totalmente à vontade, mas aos poucos percebe que, assim como nos pontos do crochê, as diferenças podem se entrelaçar e criar algo belo e forte.
O grande charme do livro está nos personagens, cada um com sua própria bagagem emocional. Louise, a líder do grupo, luta para manter a tradição do clube enquanto lida com mudanças inesperadas. Veronica, inicialmente resistente à presença de Sahar, aprende que a amizade pode surgir onde menos esperamos. Há também momentos engraçados e singelos, como as conversas despretensiosas sobre pontos de crochê e os desafios de um projeto coletivo que nem sempre sai como planejado.
O mais bonito nesse livro é como ele nos mostra que amizade não precisa nascer da semelhança, mas sim da disposição de entender o outro. E que, no fim das contas, todo mundo tem seus desafios, inseguranças e a vontade de pertencer a algum lugar.
Com personagens reais, uma escrita leve e momentos que arrancam risadas e suspiros, essa leitura foi como um abraço apertado. Para quem gosta de histórias aconchegantes, cheias de emoção e mensagens lindas sobre comunidade e aceitação, fica a dica: esse livro é uma verdadeira joia!
Dicas da Mih
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