Quem Tem Medo do Feminismo Negro? - Djamila Ribeiro | Resenha ☆☆☆☆
- Mih Moraes

- 22 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de mar.
"Quem Tem Medo do Feminismo Negro?" de Djamila Ribeiro é um daqueles livros que mexe com a alma. Não é só uma leitura, é um grito de resistência que se faz necessário para quem busca entender a interseção entre racismo, machismo e a luta das mulheres negras no Brasil.
Djamila não apenas fala sobre o feminismo negro, ela o declara com uma força que vai além das palavras. Ela nos faz refletir sobre a nossa própria posição no mundo, sobre como o racismo estrutural afeta a vida das mulheres negras de maneira única, e como, muitas vezes, o movimento feminista não leva em conta essa especificidade.
O que me encantou no livro é a autenticidade com que Djamila fala de temas muitas vezes invisibilizados, mas que são fundamentais para entender a nossa sociedade. Ela trata de assuntos como ancestralidade, resistência e identidade, de uma forma tão profunda e ao mesmo tempo acessível, que é impossível não se sentir tocada, principalmente se você, como eu, está sempre em busca de questionar o status quo.
Ela faz um trabalho excelente ao desmistificar o feminismo negro, desafiando as ideias errôneas que surgem a partir de um lugar de privilégio. O texto é direto, sem rodeios, mas também é acolhedor, como se ela estivesse falando diretamente com você, partilhando um pedaço da sua experiência e do seu conhecimento.
O livro também é um convite para repensarmos nossas práticas, nossas escolhas e nossa posição diante das opressões que enfrentam as mulheres negras. É uma leitura que provoca, faz com que você olhe para o mundo de um jeito diferente, como se uma cortina tivesse sido levantada.
Eu diria que este livro é uma ferramenta transformadora. Para quem já milita, ele é um combustível para continuar a luta, e para quem está começando a compreender as complexidades do feminismo e do racismo, ele é um mapa essencial.
Enfim, "Quem Tem Medo do Feminismo Negro?" não é apenas um livro, é um manifesto. É um chamado para que todas as mulheres, especialmente as mulheres negras, se sintam empoderadas para tomar a palavra e afirmar sua existência. E mais do que isso: para que nós, como sociedade, possamos olhar para a injustiça que ainda permeia as nossas relações e começar a mudar, de fato. Uma leitura que transforma a gente de dentro pra fora.










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