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Sem saída | Resenha ☆☆☆☆

Imagine o seguinte cenário: é véspera de Natal, as luzes brilham nas janelas, famílias se reúnem para celebrar... e no meio de tudo isso, uma garotinha é encontrada trancada em um porão, desnutrida, assustada e incapaz de falar. BAM! Assim começa Sem Saída. Não tem aquecimento, não tem aviso. Cara Hunter já te joga direto no olho do furacão — e você, leitor, que lute.


Livro Sem saída

A história gira em torno do inspetor Adam Fawley, um personagem carismático, humano, cheio de nuances. Ele é chamado para investigar esse caso que, à primeira vista, parece resolvido. Afinal, a casa onde a menina foi encontrada pertence a uma família aparentemente perfeita. Só que, como em toda boa trama policial, nada é o que parece.


Hunter usa uma estrutura narrativa afiada e ágil — com trechos de entrevistas, reportagens, transcrições de mensagens — que dá ao leitor a sensação de estar montando o quebra-cabeça junto com a polícia. E o quebra-cabeça aqui é daqueles de mil peças, tudo em tons de cinza.

Enquanto Fawley e sua equipe correm contra o tempo para entender quem é aquela criança e por que ela foi aprisionada, somos levados por um emaranhado de segredos familiares, aparências enganosas e traumas enterrados. O clima é claustrofóbico, o ritmo é frenético, e a autora não alivia na tensão.


Mas Sem Saída é mais do que um thriller bem escrito. É uma história que cutuca o leitor com questões sociais — negligência, violência doméstica, o papel da mídia, os julgamentos públicos. Você termina o livro não apenas chocado com o desfecho (que, sim, é de cair o queixo!), mas também refletindo.


Se você curte uma investigação de tirar o fôlego, com personagens reais, camadas psicológicas e reviravoltas que desafiam sua percepção da verdade... Sem Saída é o seu próximo vício.

E um aviso: quando começar, separe um tempinho, porque largar esse livro no meio é missão impossível. Ou melhor: sem saída mesmo.


DICAS DA MIH

Deixo aqui outros livros com a mesma temática e que podem te encantar também :)


Da mesma autora de A Garota no Trem, aqui temos uma vila pequena, mortes misteriosas de mulheres num rio que carrega séculos de segredos… e uma protagonista que volta ao lugar onde jurou nunca mais pisar. O suspense psicológico é denso, e a narrativa múltipla lembra o estilo fragmentado e imersivo da Cara Hunter.


Uma pintora mata o marido e, depois disso, nunca mais diz uma palavra. O psicoterapeuta que assume seu caso é tão perturbador quanto ela. Mistura de mistério e mente humana em colapso, com final de explodir a cabeça. Se você curtiu o "quem é o verdadeiro monstro?" de Sem Saída, vai amar esse.


Quatro amigos dividem um apê e um segredo inominável: jantares clandestinos onde o prato principal é o mais proibido de todos — o ser humano.


Uma garota exemplar decide reabrir um caso de assassinato encerrado — e descobre que brincar de detetive pode ser muito mais mortal do que parece.

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