Uma vida bela | Resenha ☆☆☆☆
- Mih Moraes

- 18 de abr.
- 2 min de leitura
Ler Uma vida bela foi como sentar num fim de tarde com uma amiga querida, tomar um café forte e deixar as emoções virem sem pressa. Virginie Grimaldi tem esse dom raro de nos fazer rir com lágrimas nos olhos e chorar com o coração aquecido.
A história gira em torno de Iris, uma mulher que carrega dores profundas e memórias que não se calam. Ao longo do livro, vamos descobrindo junto com ela os caminhos tortuosos e, ao mesmo tempo, belos da vida. É como se a autora sussurrasse pra gente, página após página: “A vida pode ser difícil, mas ainda assim, vale a pena.”
O que mais me tocou foi a maneira sensível com que Grimaldi fala sobre luto, amor, maternidade e recomeços. Não tem idealização, não tem fórmulas mágicas. Tem verdade. Tem humanidade. E tem afeto em cada detalhe. Me vi em Iris tantas vezes – na força que finge ter, na fragilidade que tenta esconder, e na esperança que insiste em brotar mesmo quando tudo parece escuro.
Grimaldi constrói personagens que parecem vizinhas, amigas, primas nossas. Gente de carne, osso e emoção. E, com isso, ela nos lembra que, mesmo nas fases mais cinzas, sempre dá pra encontrar um raio de sol – às vezes tímido, às vezes arrebatador.
É um livro pra quem já amou, já perdeu, já se sentiu perdido e, ainda assim, escolheu continuar. Porque, no fundo, viver é esse ato de coragem cotidiana. E isso, minha amiga, é o que faz a vida ser bela. Leitura mais do que recomendada. Prepare os lencinhos… e o coração.
DICAS DA MIH
Deixo aqui outros livros com a mesma temática e que podem te encantar também :)
Uma narrativa cheia de realismo mágico, sensibilidade e crítica social, com aquele toque nordestino que abraça a gente. Socorro escreve com profundidade, mas também com afeto e humor sutil. A jornada do personagem principal é toda sobre reencontros com a fé, com as raízes e com a dor.
Esse aqui já vai num tom mais introspectivo e intenso, mas igualmente sensível. A história de uma família que precisa lidar com o luto e os silêncios acumulados ao longo dos anos. É delicado, dolorido e lindamente escrito.
Kristin é mestra em emocionar! Neste livro, ela mergulha na relação entre mães e filhas, os sonhos que a gente guarda no peito, e o quanto o amor pode (ou não) curar. Uma leitura que aperta e abraça ao mesmo tempo.
Carola mergulha fundo nas relações humanas, nos silêncios, nas ausências e nos afetos que a gente não sabe nomear. A escrita dela é delicada, melancólica, intensa. Daquelas que fazem a gente sublinhar frases e respirar fundo.










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